Foto: Eduarda Trajano |
A devoção maior estava na Clarice Falcão. Foi o ápice. O teatro abarrotado, com a frente do palco tomada por jovens que sabiam cantar cada trecho até das canções mais obscuras da moça. Parecia claramente com uma seita à fofura travestida de ironia. Nem as grades recém instaladas seguram o impeto dos fãs, chegando haver invasão. O horário já avançado deixava os pais preocupados e de olho bem aberto em suas filhas se desmanchando de amores por aquela moça simples, fofa e piadista. Pernambucana de nascença, coube ali uma citação a “Adeus, Pernambuco”, de Luiz Gonzaga, em meio ao grande hit “Monomania”, última música executada pela moça.
Clarice explica bem a produção caprichada e os arranjos complexos num show de versatilidade. O palco gigante e o público não a intimidaram, fazendo-a se sentir tranquila com a devoção imposta a sua imagem. Os temas adultos parecem preocupar mais os pais do que os fãs que decoram a música e cantaram todas, de ponta a ponta do show.
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