Entrevista EXCLUSIVA com Clarice Falcão

Por: Carson Sousa

No dia 08/05/2013 rolou o 5º show da Clarice Falcão no Solar de Botafogo (Rio de Janeiro). Eu estava lá, e assim que chegou a minha vez de entrar no camarim, fui recebido com um grande sorriso e as palavras: “Você voltou?! Que bom!”, nem preciso dizer que depois disso eu fiquei meio abobalhado e não consegui dizer pra ela metade das coisas que eu tinha planejado. Tirei uma foto com ela, e perguntei: “Na terça, você vai assistir a peça do Gregório?”, e ela sorrindo respondeu: “Sim. Vai lá que a gente se vê”. É óbvio que eu ia. Assim que cheguei em casa comprei o ingresso pra peça de terça na internet e contei os dias, planejei perguntas (Com a ajuda de vocês), pensei em tudo. Terça, lá estava eu em frente ao teatro esperando Clarice chegar, pois queria abordá-la logo na entrada, mas aí que veio a surpresa: Quando a Clarice chegou, 489345927 pessoas foram falar e tirar foto com ela. Nessa hora eu desisti de tudo e resolvi só tirar foto mesmo, pedir pra ela tirar a foto com o user do nosso FC e oficializá-lo. E foi isso. Entrei e vi a peça. Quando a peça acabou, decidi esperar todo mundo sair, pois estava na 1ª fila. Quando me levantei pra sair e olhei pra trás, estava o teatro vazio, Clarice Falcão e dois amigos sentados na 6ª fileira. Pensei: “É agora!”. Fui até ela, e pedi: “Posso fazer umas perguntinhas do Fã clube pra você, Clarice?” e aquele mesmo sorriso de sempre respondeu: “Claro!”. Aí começamos:

Clarice, das músicas novas, qual é a sua favorita?

Ah então, eu não sei. É muito difícil porque as músicas a gente vai mudando de favorita o tempo inteiro, sabe?! Uma hora eu gosto mais de “Talvez”, outra hora de “Capitão Gancho”, outra hora de “Eu Me Lembro”, fica variando sempre.

Eu gosto de todas, mas eu sou suspeito.

Ah, obrigada! (Risos)

Qual é a sua cor favorita?

Amarelo, a princípio.

Você tá nervosa com os shows fora do Rio de Janeiro, que é o seu “território”?

Cara, tô. Mas eu fiquei muito nervosa com os shows do Rio também (Risos). Acho que eu sou nervosa com os shows em geral.

Sobre o filme (Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida), o que você tem de novidade pra contar?
Então, eu não sei de nada do filme, me contaram que ele ia entrar em cartaz. Mas eu não faço a menor ideia nem de quando, nem como e nem por que.

Você gosta do nome que seus fãs se deram, o “Monomaníacos”?

Eu nem sabia (Risos). Adorei! Isso é sério?

A gente queria inventar um nome, mas “Clariceanáticos” ficaria muito escroto...

Ficou melhor “Monomaníacos” do que “Clariceanáticos”. Eu prefiro! (Risos)

Nós do Fã-clube temos recebido muitas perguntas sobre o show do Ibirapuera que você falou no “Programa do Jô”, só que não temos nenhuma informação concreta.

Não tá pra vender ainda, mas vai vender. Vai rolar sim, só não sei quando que vai começar a vender. Mas vai ser no dia 08 (de junho), no Ibirapuera. Vai rolar!

Tem religião, Clarice?

Não. Sou ateia.

Você nunca pensou que as pessoas pudessem levar a sua música um pouco menos a sério pelo fato de você ser humorista?

Então, já pensei. Mas acho que as pessoas têm tantas críticas em geral, sabe? As pessoas não te levam a sério porque você é velha, porque você é nova, porque você é feia, porque você é bonita...

Você é linda!

Ah, obrigada! Mas eu acho que tem sempre gente pra falar mal do que quer que seja. Eu espero que tenha gente que goste da música, até porque música, em geral, dura mais do que a piada. Tipo, você não quer ouvir uma mesma piada 50 vezes, e a música, às vezes, você quer. Então, eu espero que ultrapasse as piadas.

Você já está escrevendo novas músicas, já pretende outro CD ou está exclusivamente trabalhando nesse?

Pretendo, mas é até bom dar um tempinho pras coisas acontecerem. Eu já tenho algumas músicas escritas novas, mas o material bruto das músicas é a vida, é as coisas acontecerem. Então eu prefiro dar uma vivida antes e depois vir com um novo CD.

Tem uma coisa que você não fala muito, que é sobre a trilha sonora de “Lisbela e o Prisioneiro”, que você fez muito jovem e nós, os fãs, adoramos e você quase não fala.

Ah, que bom! Mas volta e meia me perguntam, é porque foi realmente muito novinha, foi uma coisa bem de encomenda, uma música do Paulo Sérgio (Para o diabo os conselhos de vocês) e foi bem de encomenda mesmo. Queriam uma banda jovem, da galera, então foi assim “Ah, eu conheço um menino que toca bateria”, aí chamavam. Todo mundo com menos de 15 anos, então foi bem por encomenda, não foi tão autoral no sentido que não era uma composição minha, nem foi uma música minha, mas foi muito divertido. Foi muito bom ter essa experiência antes de ter a minha própria experiência com autora.

Por que você não usa muito o twitter?

Porque eu falo muito (Risos), então eu tenho dificuldade, se você for ver, meus posts no Facebook são sempre enormes, com 50 mil palavras, então eu tenho muita dificuldade de lidar com o fato de que são apenas 140 caracteres. E tipo, eu no começo usava mais, procurava as coisas, mas aí eu resolvi: “Cara, vou focar mais em fazer, produzir, pensar nos shows, fazer os trabalhos em si e tal”.  Eu uso muito profissionalmente, pra divulgar as coisas, pra me comunicar: “Estou fazendo isso, estou fazendo aquilo”, mas do que pra procurar saber o que estão falando de mim, porque senão eu vou ficar maluca.

Sobre os shows, você gostou da repercussão? Você imaginou que fosse ser esse sucesso todo?

Ah, eu gostei muito. Tô doida pra fazer agora num lugar maior, chamar mais gente, porque dessa vez eu tive quase que “esconder” o que eu tava fazendo, e tava muito cheio...

Tinha gente nas escadas...

Exatamente! Tô doida pra fazer uma confraternização maior da galera, fazer um show maior. Mas eu amei fazer no Solar (de Botafogo), foi uma delícia, e eu fiquei muito feliz com a repercussão.

O texto do show era...

Era do Gregório.

Mas tinha coisas suas também, lógico...

Ah, claro. E também na hora a gente sempre muda, né?!

Clarice, muito obrigado pela entrevista, mesmo!

Ah, imagina. Eu que agradeço!

A entrevista continuaria, mas nós fomos expulsos do teatro pelo faxineiro, então resolvi encerrar. Teremos outras (Espero).

Espero que vocês tenha gostado!

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