segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Clarice Falcão lota Teatro da UFPE em seu primeiro show no Recife

Circulando pelo Coquetel Molotov era latente a expectativa pelo show de Clarice Falcão, algumas horas antes de ela subir ao palco do Teatro da UFPE. “Será que Clarice já chegou?”, “Vou tentar falar com ela!”, “Falta muito pra Clarice?”, “Ai, tomara que essa banda acabe logo pra Clarice começar”, foram algumas das frases que ouvi, geralmente de adolescentes, a grande maioria do público na segunda e última noite da 10ª edição do festival.
Depois do excelente show da banda paulista Metá Metá – o melhor da noite – boa parte do público correu lá para frente do palco. A espera pareceu longa e a cada movimentação mais abrupta no palco, ouvia-se gritinhos histéricos ou coros de “Clariceeeee, Clariceeee”. Finalmente ela apareceu no palco vestida com capa e botas de chuva, segurando um guarda-chuva. Já passava de 1h da madrugada. Gritos, celulares e câmeras nas mãos.
Ela cantou três músicas com historinhas tristes de rejeição. Tirou a capa e cantou sobre romance. E só aí fez o tão esperado “boa noite” ao afoitíssimo público. Sim, ela falou que é pernambucana – para deleite dos fãs."
"Esse show é muito, muito especial pra mim. Não só porque eu nasci aqui, mas também porque eu fiz meu primeiro show da vida aqui. Eu tinha quatro anos, na sala dos meus pais, usando uma escova de cabelo de microfone e cantando clássicos da música brasileira como “Pense em mim” e “Lá vem o negão cheio de paixão, te catá, te catá”. Só queria dizer que estou muito feliz por vocês estarem aqui, por eu estar aqui e pela escova de cabelo ter se transformado em um microfone de verdade”.
Saí de lá de 2h da manhã e até então todas as músicas foram acompanhadas por um coro em uníssono dos seu numeroso público. O festival ficou lotado. E foi por causa dela.
É um tédio?
Clarice é um desses fenômenos que surge de tempos em tempos para misturar públicos e derrubar categorias: sua música é (quase que exclusivamente) adorada por adolescentes, mas ela concorre ao Grammy Latino e foi convidada por um festival respeitado.
Muita gente que passou dos 25 acha a música de Clarice um tédio, bobinha, rasteira. Não é tanto assim. O problema é que a temática das letras é excessivamente adolescente – algumas foram compostas quando ela própria era uma. Tudo é muito direto, na primeira pessoa e às vezes força no toque de humor. Muito fofinho. Muito fofinho demais.
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